quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

2014 - Um marco, um memorial

Os memoriais trazem à lembrança as vitórias do passado e ajudam a recuperar a confiança e a força de que precisamos no presente.
Durante os tempos de dificuldade, a lembrança dos pontos onde houve mudança em nosso passado serve como encorajamento para o presente. 
Isso nos remete ao feito do profeta Samuel, quando, após a vitória de Israel sobre os filisteus, toma uma pedra, dá-lhe o nome de Ebenézer, ou seja, pedra de socorro, marca o lugar e exclama com convicção: "Até aqui nos ajudou o Senhor". (1 Samuel 7:12)
Eis aí toda a verdade.
Ao final de um ano, não podemos deixar de olhar para trás, lá no início, desde o primeiro mês, e ver quanta coisa aconteceu.
Talvez não tenhamos erigido marcos de pedra, mas trazemos em nossos corações e em nossa lembrança os grandes feitos de Deus em nossa vida.
É tempo de repensar, de rever posicionamentos entender que Deus, através do tempo, trabalha de forma maravilhosa.
É tempo de arrumarmos a casa, e a exemplo do que foi sugerido por Samuel a Israel, tempo de nos convertermos, tempo de nos livrarmos dos ídolos, preparar o coração, agir e nos derramar perante o Senhor.
Marcos significam que a história não termina. Marcos não são a linha de chegada, são pontos de aferição. A história das nossas vidas continua.
Mas toda vez que passamos por um deles, vem-nos à memória os grandes feitos do Senhor e a forma maravilhosa com a qual Ele agiu.
Grandes vitórias estão por vir. Daqui a pouco, teremos 365 novos dias para marcar nossas vidas, nossa caminhada e de muitos com quem convivermos.
Mas fica em nossa história um marco que terá a etiqueta 2014!
Que Deus nos ajude a daqui 12 meses, plantarmos, aqui ou onde estivermos, mais um marco, mais um memorial. 
Vamos chama-lo de Ebenézer, pois não será pela nossa força, será “pedra de socorro” mesmo. E que possamos dizer “Até aqui nos ajudou o Senhor”.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

É Natal. Num menino a esperança!

Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz.
Isaías 9:6

Grandes atos de Deus começaram com o nascimento de uma criança. Deus começa sempre bem do princípio, sempre com uma nova história.
A história da salvação começa com a chamada de Abraão (Gênesis 12), mas ela vai se concretizar com o nascimento de Isaque. É ali que começa a história do povo hebreu, com o nascimento de uma criança. 
Mais tarde, os hebreus estavam no Egito, escravos, debaixo de um pesado jugo e opressão.  Clamaram por um libertador. E a libertação vem, começando novamente pelo berço. Nasce outra criança, nasce Moisés. 
Alguns séculos a frente, o povo está gemendo outra vez, agora sob o domínio dos filisteus. A nação sofreu por quarenta anos. Mais uma vez um libertador e, novamente, o choro de uma criança, nasce um menino. É Sansão.
E, após 440 anos de silêncio sem nenhuma profecia, sem que Deus dissesse nenhuma palavra. Deus volta a falar e, mais uma vez, uma criança. Desta vez a mais importante, Jesus.
Deus começa a trabalhar através do nascimento de uma criança.

Deus é imprevisível

Deus não é programável, não há previsibilidade em suas ações, nos seus atos. Sua maneira de agir e de pensar são diferentes.
Ele não é engessado. Se assim fosse, seria qualquer outra coisa, um ídolo talvez, menos Deus.
Deus é totalmente imprevisível. 
A nação está debaixo da dominação romana, sem liberdade, uma desorientação enorme, partidos políticos se digladiando e eles esperando um libertador, um Messias.  E Deus responde com um menino. Nasceu Jesus.
A maneira de Deus pensar é diferente.
Paulo compreendeu e expressou isso de maneira admirável:
Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. 
(1 Coríntios 1:27)
Eis aí a imprevisibilidade de Deus, a pessoa de Jesus Cristo. A maior demonstração disso. 
Um menino, uma criança até então insignificante, filho de um casal de camponeses, que cresceu numa pequena cidade. Uma cidade com uma população menor do que a de muitos condomínios de nossas cidades.
Uma vida pública de três anos e a sua maior viagem não excedeu a 270 Km. 
Nunca escreveu nenhum livro.
Escolheu doze homens sem nenhuma expressão social ou política, do terceiro mundo de uma época da história humana considerada atrasada.
Mas Ele, Jesus, mudou o mundo para sempre.
Não há um outro nome que fascine mais ou que desperte mais ódio do que o dele. É absolutamente impossível permanecer impassível diante dele. Quando se aprende sobre ele ou a pessoa se rende ou se posiciona contra ele.
A religião que fundou-se sob o seu nome é uma das mais combatidas, mas é impressionante como o cristianismo cresce no mundo inteiro. 
A partir das suas próprias palavras "As portas do inferno não prevalecem" estão sendo derrubadas.
Jesus projetou uma sombra no mundo da qual o mundo nunca mais se livrará.
Ele dividiu a história do mundo em duas partes: antes dele e depois dele. Jesus marcou o mundo para sempre.
De um menino insignificante ao mais famoso, do indefeso ao mais poderoso, do despercebido ao mais notado.
No livro de Daniel, capítulo 2. Há uma visão profética da história do poder mundial, o próprio Deus revelou-lhe isto. Há uma estátua de quatro estágios, ouro, prata, bronze e ferro com barro representando os quatro grandes impérios mundiais. 
Daniel conta e revela o sonho ao rei, sonho que ele mesmo, Nabucodonor tivera. E o desfecho do sonho e interpretação:
Enquanto estavas observando, uma pedra soltou-se, sem auxílio de mãos, atingiu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmigalhou.
Então o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram despedaçados, viraram pó, como o pó da debulha do trigo na eira durante o verão. O vento os levou sem deixar vestígio. Mas a pedra que atingiu a estátua tornou-se uma montanha e encheu a terra toda. 
(Daniel 2:34-35)
A pedra, apontava para Jesus, tipifica Jesus Cristo, atingiu e destruiu a estátua e tornou-se uma grande montanha que cobriu o mundo inteiro. Este é o nome que vai cobrir o mundo inteiro. Seu ensino e influência são eternos.
"...O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão". 
(Mateus 24:35)
Isto é o cumprimento das palvras do profeta Isaías:
"... a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar." 
(Isaías 11:9)
Deus é absolutamente imprevisível!

Deus é o Deus do impossível

Nada é mais indefeso do que um bebê. Depende totalmente do cuidado dos pais para alimentar-se, proteger-se e crescer.
Quanto tempo leva para um bebê tornar-se independente? Talvez, de toda a criação, o bebê humano é o que levará mais tempo para sobreviver independente de quem o gerou.
No entanto a este bebê foi dado "domínio sobre toda a terra, sobre animais, sobre as aves, sobre os peixes e os répteis" (Gn. 1.26).
Este bebê, indefeso, é apresentado no Apocalipse como Rei do reis e Senhor dos senhores (Ap. 19:16).
É mostrado no Apocalipse como aquele diante de quem todos os joelhos se dobram (Ap. 5:8).
Deus é o Deus do impossível. Pode fazer do nada tudo. Foi assim que Ele criou todas as coisas. 
E em Jesus, Deus transformou o filho de camponeses no mais poderoso homem da história.
É fantástico, o mundo inteiro celebrando o seu aniversário, o Natal.

Deus é o Deus das coisas pequenas

Um menino? Lá no Egito se poderia dizer: “Um menino? Precisamos de um guerreiro!”. Nos tempos do Novo Testamento teriam se questionado “Um menino? Precisamos de um líder político, forte, respeitável, cumpridor da lei.”.
Mas através do profeta Zacarias Deus faz uma observação importantíssima:
"... quem despreza o dia das coisas pequenas?" (Zacarias 4:10)
Ninguém despreze o dia das coisas pequenas. Uma pequena igreja que nasce de um grupo de oração, igrejas que chegaram antes da cidade em alguns lugares. Igrejas que começaram com uma família apenas. 
Ninguém despreze o dia das coisas pequenas. Deus é especialista nisso, em começar do nada. 
No Apocalipse Jesus começa a ser mostrado como um cordeiro. Um animal pacato, que nem bali, que vai mudo para o matadouro. Porém mais a frente o cordeiro transforma-se em um leão. 
E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos. 
(Apocalipse 5:5)
É assim que Deus faz. O bebê indefeso é o maior nome dado entre os homens.  Diante dele todo o joelho vai se dobrar.
Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,  
(Filipenses 2:10)
Deus é especialista em pegar o pequeno e torna-lo grande, em pegar o fraco e torna-lo poderoso. 

Conclusão

Um menino nos nasceu. Isto é o Natal. É isto o que se celebra.
Deus gosta de crianças. Jesus, que é Deus, também gosta de crianças.
Então disse Jesus: "Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas". (Mateus 19:14)
O Reino dos céus será feito de gente que se tornar como criança. E Jesus vai mais longe, ordena que tenhamos comportamento de criança:
e disse: "Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. (Mateus 18:3)
Criança é crédula, criança crê, confia, abandona-se.
E se você quiser entrar no Reino, precisa tornar-se uma criança, nascer de novo, converter-se, começar dos primeiros passos.
Um menino nasceu para nós e com Ele a esperança, vida e garantia de um futuro para todos nós, a vida eterna. Graças a Deus por esse menino.

A Deus toda a glória

Carlos R. Silva
Natal 2014


Referências:

Bíblia Sagrada Almeida Revista e Corrigida, CPAD 
Bíblia de Estudo NVI, Vida
Pr. Isaltino G. C. Filho.