segunda-feira, 17 de junho de 2019

O que nos move?

“E, no entanto, Deus fez tudo apropriado para seu devido tempo. Ele colocou um senso de eternidade no coração humano, mas mesmo assim ninguém é capaz de entender toda a obra de Deus, do começo ao fim.”
(Eclesiastes 3:11 NVT)


O que é que nos move?
Dizem, são nossas aspirações, nossos desejos. Neles repousa o nosso entusiasmo. Mas se diz também, são as batalhas superadas, porque as que ainda não vieram nos causam medo e as em andamento nos esgotam.

O que nos move?
São as pessoas das quais gostamos, que ganham nossa preocupação, cuidados e amor. São viagens, curiosidade e descoberta. Passatempos ou um trabalho que amamos.

O que nos move?
Dirão alguns que é a busca pela felicidade.
Mas também que, quando a encontramos, continuamos inquietos. Somos insaciáveis. Eu diria, ansiosos, em muitos casos. E assim vamos: mais desejos, mais alvos e metas (algumas brilhantes, outras nem tanto).

E assim, vamos. Mais amor, mais felicidade, mais amizade, mais dinheiro, mais, mais e mais. Se certo? Sim e não! Mas vamos em frente, porque, do contrário, nunca saberemos. Além disso “o caminho se faz caminhando” disse o Fernando Pessoa.

Saber o que nos move é bom, porque é o motor da vida que nos envolve e impulsiona.

E se errarmos? Que erremos, se assim for é bom. No erro aprende-se mais e melhor! E só erra que tenta, só erra quem faz, quem age, quem trabalha, quem se move.

Esse emaranhado de sentimentos, desejo pelo novo, sem nem viver o atual, que já é antigo, medo de ficar estacionado, somos nós. Do jeitinho que nos criou o Eterno. E por isso andamos inquietos. Não fomos feitos para esta dimensão, para este tempo que nos prende. Aliás, ele planejou que ficássemos aqui só um pouquinho. Fomos feitos para a eternidade. Em nós, o Deus eterno colocou a eternidade. E assim, ele produziu uma geração, calma não é só a sua, uma humanidade inteira de inconformados.

Com Agostinho, finalizo, ou não: “Fizeste-nos, Senhor para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti”.


Carlos R. Silva

REFERÊNCIAS