quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

É Natal

"Paz na terra!" foi a alegre mensagem das multidões de anjos aos pastores quando Jesus nasceu.
Essa paz prometida foi uma expressão da boa vontade de Deus para com os homens.
É a expressão do desejo de um pai amoroso e bom, que apesar de nós, nos amou sem reservas.
Agradecemos todos os dias a Deus por Jesus, que trouxe paz aos nossos corações, pela Sua mensagem e por nos dar o Espírito da paz.
Só a paz de Deus, que está além do entendimento (Fp 4.7), consegue nos acalmar e direcionar em meio a este mundo inquieto.
É dessa paz que falaram as multidões de anjos que apareceram aos pastores naquela noite. Noite de Natal.
Depende de nós, homens, nos apropriarmos dessa oferta de Deus, de valorizarmos esse grandioso gesto de boa vontade de Deus para conosco, e permitirmos que a paz anunciada no Natal se torne realidade em nossas vidas.
Por isso, o tempo de Natal também é um tempo de reflexão, um tempo de voltarmos para Deus!
Nossa esperança não está depositada no progresso ofuscante e sedutor deste mundo. Nossa esperança está colocada unicamente em Deus.
Esperemos em Deus.
Nos apropriemos dessa boa vontade, para que se tornem verdade em nós as palavras de Cristo: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." (João 14.27).
É assim que, em meio a este mundo agitado, poderemos ter a paz que ninguém conseguirá nos tomar!

É Natal!
No Natal nos lembramos de que uma das marcas do que traz a Jesus no coração é paz, fruto do Espírito.
Neste dia reforcemos a esperança, demo-nos votos de confiança, desarmemo-nos e demos lugar ao Príncipe da Paz.
Num bebê, a esperança de um mundo melhor, de vida abundante, de retorno à Deus, de vida eterna.
Celebremos Jesus!
Celebremos o Natal de Jesus!
O Natal é ele, Jesus!
Feliz Natal com paz!
Feliz Natal com Jesus!

Carlos R. Silva 
Natal 2015

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

O Redentor Vive

"Eu sei que o meu redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra." (Jó 19.25).

Às vésperas de um novo ano, é tempo de parar, refletir, reconsiderar, planejar.
Ouve-se de que não há o que comemorar.
Discordo, há sim, e muito.
É na adversidade, quando nem tudo vai bem, que nos voltamos para os valores eternos.
Nos damos conta de onde estamos entesourando.
Não por acaso, descobrimos que a maior parte do que prezamos é consumível. Traça, ferrugem e os salteadores se encarregarão deles.

Viver em Deus é saber que até nas adversidades Deus está construindo algo novo em nós.
Todo dia ele nos ensina e, ele mesmo, determina os meios.
O barro, nós mesmos, não tem autonomia sobre si mesmo. É o oleiro quem determina e molda o barro segundo a sua vontade.

Jó, eleva sua esperança às alturas, ao Eterno. Ergue os olhos e levanta a cabeça mesmo diante da aparente derrota ao seu redor, nele mesmo.
Acusado pelos amigos. Desesperado por pensar que Deus estava contra ele. Angustiado e sentindo-se em total abandono. Perdeu tudo o que é perecível: bens, filhos, amigos e saúde.
Apesar disso tudo, ele ainda é um homem esperançoso no Senhor.

Eis um exemplo de como Deus pode renovar a vida mediante as palavras e confissões que fazemos, pois elas determinam a nossa fé e esperança no Senhor.

A confissão pessoal a Deus é poderosa, não em si, mas por causa de Deus, da sua reação em nossa direção.
Deus ouve!
Por isso, dirá o salmista "Eu amo ao Senhor, porque ele me ouviu quando lhe fiz a minha súplica" (Sl 116.1).

Podemos sim continuar continuar confiando em Deus, e como Jó aguardar o seu favor e a sua graça sobre nós.

Podemos sim comemorar vitória, não por conquistas materiais, mas sobre o medo, a incerteza, sobre nós mesmos, sobre a morte.

Eis aí a verdadeira vitória do cristão.

"E depois que o meu corpo estiver destruído e sem carne, verei a Deus. Eu o verei com os meus próprios olhos; eu mesmo, e não outro! Como anseia no meu peito o coração!" (Jó 19.26,27).

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Quando Deus Fala

Eles foram depressa, e encontraram Maria e José, e viram o menino deitado na manjedoura.
Então contaram o que os anjos tinham dito a respeito dele.
Todos os que ouviram o que os pastores disseram ficaram muito admirados.
Maria guardava todas essas coisas no seu coração e pensava muito nelas.
(Lc 2.16-19)


Para uma moça saindo da adolescência, certamente o que tinha acontecido era estranho demais, porém grandioso, era forte demais, porém maravilhoso!
E é isso que Maria expressa no seu cântico a Deus, quando tem a sua fé fortalecida pela prima Isabel:

“Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade da sua serva.De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 
pois o Poderoso fez grandes coisas em meu favor; santo é o seu nome. (Lc 1.46-49).

Será que já vimos adoração assim, como a que essas palavras expressam?

Aliás, será que, algum dia já adoramos a Deus com tal compreensão e expressada por palavras como estas?

1. Deus fala de diversas formas e meios

Deus fala!
Se olharmos atentamente para a Bíblia, veremos que Deus constantemente toma iniciativas para comunicar-se conosco. E são interessantes os métodos meios que ele usa. Anjos, sonhos, uma jumenta, arbustos queimando mas sem se consumir, uma coluna de fogo, um dedo escrevendo na parede, e tantas outras formas mais.
E aqui, no anúncio do nascimento do Salvador, ele usa os anjos novamente.
E como Deus é cuidadoso! De maneira progressiva ele trata dos pastores. Primeiro ele envia um anjo, que quebra o silêncio das vigílias da noite, apresenta-se, cercado pela glória do Senhor:

Então um anjo do Senhor apareceu, e a luz gloriosa do Senhor brilhou por cima dos pastores. Eles ficaram com muito medo, (Lc 2.9).

Depois de já tranquilos e tendo entendido o que estava acontecendo Deus envia-lhes toda a hoste de anjos.

No mesmo instante apareceu junto com o anjo uma multidão de outros anjos, como se fosse um exército celestial. Eles cantavam hinos de louvor a Deus, dizendo:
— Glória a Deus nas maiores alturas do céu!
E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem! (Lc 2.13-14).

E hoje, a nós, como Deus comunica-se conosco? Que sinais ele usa?
Deus fala ao nosso coração através da pessoa de Jesus.
Conforme o escritor aos Hebreus:

Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas,
mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo. (Hb 1:1,2).

2. Deus fala ao Humilde, ao Atento, ao Quebrantado

De acordo com o profeta Isaías, Jesus é o Ungido do Senhor para pregar boas-novas ao quebrantado, para proclamar libertação aos cativos. (Is 61.1-3).
Certamente, está em harmonia com esse espírito, que a primeira proclamação do nascimento do Messias fosse feita a pobres e oprimidos pastores.
Tratava-se de uma classe desprezada. Em sua ocupação, chegavam a ficar meses longe de casa, da família. Isso tornava difícil observar todas as regras da lei mosaica - e especialmente as regras de autoria humana que lhes foram acrescentadas!
Adicionalmente, eram também acusados de conduta duvidosa no cuidado dos rebanhos que lhes eram confiados.
Por essas razões, eram desprezados e excluídos da companhia da maioria das pessoas. Ou ainda, eram excluídos do convívio com as “pessoas de bem”.
No entanto, a narrativa de Lucas deixa claro que esses pastores, a quem pela primeira vez foi feita a proclamação do nascimento do Salvador, eram diferentes. Eram homens devotos, provavelmente conhecedores da profecia messiânica e, como Simeão, “esperavam a consolação de Israel” (2.25). Note como o anjo dirigiu-se a eles:

mas o anjo disse:
— Não tenham medo! Estou aqui a fim de trazer uma boa notícia para vocês, e ela será motivo de grande alegria também para todo o povo!
Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês — o Messias, o Senhor!
Esta será a prova: vocês encontrarão uma criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura. (Lc 2.10-12).

E note também sua reação exemplar:

Quando os anjos voltaram para o céu, os pastores disseram uns aos outros:
— Vamos até Belém para ver o que aconteceu; vamos ver aquilo que o Senhor nos contou. (Lc 2.15).
Quando encontraram Maria e José “contaram o que os anjos tinham dito a respeito dele.” (Lc 2.17).
Então os pastores voltaram para os campos, cantando hinos de louvor a Deus pelo que tinham ouvido e visto. (Lc 2.20).

E aí nos perguntamos: Por quê, frequentemente as pessoas que têm o acesso dificultado, condições precárias e outros agravantes são, geralmente, as mais fiéis?
O que tem acontecido com a Igreja?
O que aconteceu com a nossa adoração?
Será que a notícia a respeito do Salvador ainda causa-nos impacto, ainda nos enche de júbilo, ainda nos faz desejar a presença do Senhor acima de qualquer coisa?
Até que ponto Jesus é maravilhoso para nós? Será que é maravilhoso a ponto de não ser possível evitarmos partilhar essa alegria com todos ao nosso redor?
A ponto de ele ser o principal assunto das nossas conversas?
A ponto de ele ser a nossa principal ocupação, onde gastamos a maior parte do nosso tempo?

3. O Nascimento de Jesus é Uma Notícia para ser Ouvida e Guardada com Zelo

Todos os que ouviram o que os pastores disseram ficaram muito admirados.
Maria guardava todas essas coisas no seu coração e pensava muito nelas. (Lc 2.18-19).

Maria poderia ter perdido o eixo, se deslumbrado. Ela poderia ter-se descontrolado pela emoção dos acontecimentos, mas manteve-se firme e consciente de sua dependência de Deus.
A mãe do Salvador nem tinha ideia do quanto mais aconteceria à sua vida e à do filho, fruto do seu ventre. Não sabia o que aconteceria de bom, nem o que a faria sofrer.
Ela teve a serenidade de tudo observar e guardar no coração.
Agasalhava dentro de si as maravilhas contadas pelos pastores.
Aquele nascimento que mudaria a história do mundo inteiro. Mas não era suficiente apenas ouvir sobre os propósitos de Deus a respeito dele.
A atitude de Maria fica bem clara quando lemos numa outra versão da Bíblia:

Maria, porém, entesourava todas as coisas, ponderando sobre elas em sua mente. (Lc 2.19).

Entesourar não é somente ouvir. Ponderar, não é somente ouvir!
Era preciso guardar a mensagem no coração, pois os mistérios de Deus são maravilhosos e profundos demais para passarem somente pelos ouvidos.

4. Não Basta Apenas Ouvir

A razão pela qual muitas vezes a Palavra de Deus não frutifica em nós e não muda o nosso modo de viver é que nós apenas ouvimos.
Ficamos animados, eufóricos, empolgados, mas é bem verdade também que o efeito logo passa.
Hoje o Senhor está falando conosco. Certamente ele está falando.
Não desperdicemos as preciosidades que o Senhor está nos revelando deixando que a notícia entre por um ouvido e saia pelo outro.
Não somente ouvir, não somente se maravilhar, não somente se empolgar: é necessário degustar e digerir tudo o que o Senhor nos diz, para depois colocá-lo em prática.
Guardemos tudo no coração. Com o auxílio do Espírito Santo passaremos então a entender que grandes coisas o Pai nos reservou.
Nem tudo o que o Senhor nos diz compreendemos de imediato.
É necessário sair da superficialidade, meditar com cuidado, sem pressa, com reverência e gratidão.
Só assim as verdades do Evangelho, recebido com esse maravilhoso presente chamado Jesus, passarão a ser nosso estilo de vida.

É isso que Tiago certamente deseja quando diz “Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos. (Tg 1:22).

É disso que Jesus está falando quando diz:
Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. (Mt 7:24,25).

Conclusão

Para terem valor, os tesouros que o Senhor nos transmite precisam ser guardados, manuseados e aplicados em nossa vida.
Sobre isso, Jesus mais tarde dirá apropriadamente:

"Se alguém me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos nele morada. (Jo 14:23).

Que o Natal represente mais do que presentear: aceitemos o verdadeiro presente Jesus Cristo, expressão da graça e do amor de Deus por todos nós.
Que o Natal seja representado por encontros sim, mas principalmente que nos lembre de reencontrarmos, se for preciso, a fé em Cristo, que para nós é certeza de vida e vida em abundância.
Celebremos o Natal, mas sem esquecer do aniversariante: Jesus Cristo. Que tal o presentearmos agora, dando-lhe nossa vida, nosso coração?

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Natal, O Deus Eterno entre nós

Havia pastores que estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta dos seus rebanhos.
E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados.
Mas o anjo lhes disse: "Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo:
Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor.
Isto lhes servirá de sinal: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura".
De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo:
"Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor".
(Lc 2:9-14)


Introdução

O que é o Natal? Porquê até mesmo entre os cristãos não há unanimidade quanto a esta data e o que fazer com ela?

Quando me comporto de maneira irredutível, poderá ser que esteja me assemelhando ao povo dos quais disse João: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” (Jo 1.11).

Em nossos dias, muitos agem à semelhança do rei Herodes: “Logo que o encontrarem, avisem-me, para que eu também vá adorá-lo (Mt 2.8). Declaram adoração ao Messias, mas, na verdade, não estão interessados nos planos de Deus ou na pessoa de Jesus Cristo, que é a razão da celebração natalina.

Precisam urgentemente pensar numa celebração diferente daquilo que praticam irrefletidamente e, quem sabe, pela primeira vez na vida, prestar verdadeira adoração a Deus, o amado Pai, que se encarnou na pessoa real e histórica de Jesus, para habitar entre os homens e chamá-los de volta aos planos amorosos desse mesmo Deus. 
 

1. O Natal é carregado de significado

O Natal tem sido combatido por alguns cristãos, que alegam que ele é a festa pagã do culto ao Sol.
Outros que ela é originada na Saturnália (homenagem a Saturno), em Roma, antes de Cristo, por causa das suas semelhanças: cores, comer juntos, confraternização, acender luzes (na época eram velas e tochas), igualdade entre as pessoas bem como a inversão da ordem social que ocorria nos dias de festividades.

Depois de Cristo, até o ano 300, comemorou-se mas já com o nome de Brumálias (homenagem a Baco).

E vejam a força do Cristianismo: em meados do século IV (300), a festa teria sido absorvida pela comemoração do Natal, havendo uma continuidade na prática da troca presentes oriundas do festival.

Mas o que se tem certeza, e perdura até nossos dias, não são hipóteses, é que o cristianismo escolheu esta data, entre outras, porque Cristo é o sol da justiça.

No Seu modo muitas vezes estranho de Se revelar, Deus falou, pela boca de um profeta estrangeiro Balaão que vai profetizar a respeito de Jesus: "Eu o vejo, mas não agora; eu o avisto, mas não de perto. Uma estrela surgirá de Jacó; um cetro se levantará de Israel" (Nm 24.17).

Mais tarde, o profeta Malaquias retomou a mesma promessa, falando dAquele que seria uma estrela (ou sol, que é, como sabemos, uma estrela) de justiça:
Mas para vocês que reverenciam o meu nome, o sol da justiça se levantará trazendo cura em suas asas. E vocês sairão e saltarão como bezerros soltos do curral.
(Ml 4:2)


Outros combatem a árvore de natal, dizendo-a vir do culto pagão às árvores. Mas a Bíblia se abre com um jardim, plantado pelo Senhor, no Éden, que, no meio do Jardim, fez nascer uma árvore especial:
O Senhor Deus fez nascer então do solo todo tipo de árvores agradáveis aos olhos e boas para alimento. E no meio do jardim estavam a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. (Gn 2:9).

E a Bíblia, de maneira maravilhosa, mostra que estamos sendo conduzidos para um lugar maravilhoso novamente.
Se você se pergunta onde passará a eternidade? Como serão as coisas lá?
A resposta é: nosso Deus, preparou a nossa volta para o Jardim, que também tem uma árvore:

1 Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro,
2 no meio da rua principal da cidade. De cada lado do rio estava a árvore da vida, que dá doze colheitas, dando fruto todos os meses. As folhas da árvore servem para a cura das nações.
3 Já não haverá maldição nenhuma. O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade, e os seus servos o servirão.
4 Eles verão a sua face, e o seu nome estará em suas testas.
5 Não haverá mais noite. Eles não precisarão de luz de candeia nem da luz do sol, pois o Senhor Deus os iluminará; e eles reinarão para todo o sempre.
(Ap 22:1-5)

"Felizes os que lavam as suas vestes, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.
(Ap 22:14)


A prática de enfeitar a árvore no Natal se consolidou na Alemanha e veio, principalmente de Lutero, que enfeitou uma árvore em seu quintal, para comemorar o natal.
As luzes e bolas coloridas apontam para Jesus, a luz do mundo (Jo 9.5).
A estrela, é porque ele é a “resplandecente estrela da manhã” (Ap 22.16). É também a estrela, que apontava o caminho até a manjedoura onde nasceu, vista pelos magos (Mt 2.2).
A estrela e as luzes servem para nos dar uma ideia de como ficou o céu naquele dia. Felizes foram os pastores, que guardavam as ovelhas na vigília da noite fria da Judéia quando são visitados pelo anjo do Senhor e pelos exércitos celestiais. (Lc 2:9-14).

Deus sempre se revela! E para quem?
Ao coração despretensioso. Ao que o busca por quem ele é, ao que se empenha em conhece-lo, como os magos. E daí que eram estrangeiros? Empenharam-se em buscar e o acharam!
Ele revela-se aos humildes, aos que enfrentavam as noites geladas, ao relento, numa das profissões mais desprezadas, aos pastores.
Ele revela-se ao insignificante, ao pecador, ao caído, ao afundado no vício, ao humilhado por ele mesmo será exaltado (Mt 23.12).
E por isso, as palavras de Jesus impactam e dão esperança:
Bem-aventurados os pobres em espírito [humildes], pois deles é o Reino dos céus. (Mt 5:3
 

2. Precisamos ler o nosso mundo pela Bíblia e não a Bíblia pelo mundo

A Bíblia é juíza e não ré! O mundo é que precisa se adequar à ela. Ela é o padrão.
O cristianismo e a Bíblia expressam as verdades de Deus na cultura existente.

Nós aplicamos o nome “Emanuel” a Jesus, mas o Emanuel de Isaías 7.14 é Ezequias, filho do rei Acaz, a quem o profeta se dirigiu. Tanto que em Isaías 8.8 o Emanuel está vivo e recebe uma mensagem de Isaías.

Os quatro títulos aplicados a Jesus, em Isaías 9.6 (“Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”) eram usados na sagração do novo Faraó, no Egito, época anterior ao profeta Isaías.
O profeta os aplicou a Jesus.
Ele é o Messias, mas Deus diz que Ciro é “seu ungido” (Is 45.1), em hebraico, messhyhu, “messias dele”. É como Deus vai chamar o rei ímpio, mas escolhido por ele.

A igreja nascente adaptou passagens do Antigo Testamento para firmar seus conceitos.
A “virgem” de Isaías 7.14 foi aplicada a Maria, em apoio ao nascimento virginal de Jesus. Mas é a esposa de Acaz, mãe de Ezequias, e o termo hebraico, almah, significa, primeiro “uma jovem na idade de se casar, uma donzela”. O termo foi entendido como “virgem” pelos tradutores da Bíblia Hebraica para a Bíblia Grega. Eles usaram parténos, “virgem”. Isto direcionou nossa leitura para este aspecto.

Mesmo que almah não signifique, primeiramente, “virgem” e se aplique, primeiramente, à esposa de Acaz, isto não invalida o nascimento virginal de Jesus. O Novo Testamento o afirma (Mt 1.18). 

Não é preciso negar tudo porque se descobriu um aspecto que não corresponde ao que pensávamos.

É insensatez jogar tudo fora por causa de uma parte. Meio entendimento é pior que entendimento algum. Principalmente se produz estabanamento intelectual. 
 

3. Então o que é o Natal? O quê celebrar?

Natal não é festa pagã. É a comemoração do nascimento de Jesus. Se a data não foi 25 de dezembro, isto não é nenhum problema.

Se olharmos para a páscoa, quando se comemora a morte de Cristo, cada ano cai num dia. Mas não invalida a morte vicária de Cristo. Quem pecar morrerá diz a Escritura (Ez 18.4). Deus não anulou sua palavra, providenciou um substituto: Jesus.

Não reinventamos nem redescobrimos o evangelho. Isto seria prejudicial.

Qualquer cristão sincero no dia 25 de dezembro, comemora “O nascimento de Jesus”. Na falta da data certa, ficou-se com esta. Qualquer outra suscitaria uma crítica de alguém. Deixemos a crítica de lado.

O erro não é comemorar o Natal de Jesus. O erro é trocá-lo por Papai Noel, apenas por presentes ou mesmo valorizar o ajuntamento das famílias.
O erro é olhar o aspecto apenas humano e sentimental da ocasião e esquecer o aspecto espiritual.

Neste Natal diferente não será preciso comprar roupa nova, mas vestir-se da novidade de vida que há em Cristo Jesus (Cl 3.10).

Celebremos um Natal que não seja um evento, um feriado oficial, uma data apenas no mês de dezembro. Nesta data em que tantos estão abertos à história natalina, convidemos estas pessoas, inclusive nossos parentes, a andarem com Deus dia a dia e com Ele construírem um relacionamento saudável para todos os meses do ano.

Celebremos um Natal comprometido com a proclamação do Evangelho, que não apenas promova beleza musical e entretenimento, mas que confronte os homens com o imperativo do arrependimento e da fé em Cristo.

Celebremos um Natal que não seja celebrado apenas para confraternização entre os homens, mas principalmente para confraternização dos homens com Deus.

O mesmo Deus que um dia nos julgará com justiça e lembrará da sua graça manifesta em Jesus, oferta viva para salvar pecadores e fazê-los diferentes do homem egoísta e sem Deus tão celebrado em nossos dias. 


Conclusão


Comemore o Natal. Comemore com gratidão a Deus. Louve-o por seu Filho, Jesus Cristo, nosso Salvador. E ignore as opiniões contrárias. Pura rabugice!

Natal é para lembrarmos que Deus se fez homem e habitou entre nós.

O Natal é a divindade fazendo o caminho inverso. É Deus vindo aos homens!
O Eterno entrou no tempo.
O infinito entrou no espaço.
O Santo veio aos pecadores.

O Natal é um convite a nos esvaziarmos da tentativa de viver sem Ele. Presenteie o aniversariante: dê a ele a sua vida.


A Deus toda a glória!


Carlos R. Silva


OBPC Joanópolis - SP
Domingo - 13/12/2015

E Começa a Adoração a Deus

Texto Bíblico
“Sete foi pai de um filho e o chamou de Enos. Foi nesse tempo que o nome O ETERNO começou a ser usado no culto de adoração a Deus”.
(Gn 4.26)

Introdução

Depois da morte de Abel, tudo indicava que só restariam os descendentes de Caim. Eram pessoas afastadas da presença do Senhor e sedentas de vingança (Gn 4.8.24).

Porém, Deus deu a Adão e Eva outro filho para ficar em lugar de Abel.
A história de Sete e seu filho Enos (Gn 4.26) é diferente: em vez de saírem da presença do Senhor, foram eles que começaram a usar o nome SENHOR no culto de adoração a Deus.

1. Começa a Adoração a Deus

Começa a adoração a YHWH, chamado de O ETERNO, na Linguagem de Hoje.
É uma boa interpretação para EU SOU.

Mais tarde relatará a Escritura:
“Porém Moisés disse: – Quando eu for falar com os israelitas e lhes disser: ‘O Deus dos seus antepassados me enviou a vocês’, eles vão me perguntar: ‘Qual é o nome dele?’ Aí o que é que eu digo? Deus disse: -EU SOU QUEM SOU. E disse ainda: -Você dirá o seguinte: ‘EU SOU me enviou a vocês’”. (Ex 3.14-15).

A Linguagem de Hoje traduz por O ETERNO, pois a expressão pode significar EU SOU O QUE SOU, ESTOU SENDO O QUE SOU, SEREI O QUE SOU, com idéia de imutável, de eterno.

YHWH apareceu a Moisés, mas começou a ser cultuado com Sete. Aos patriarcas ele apareceu como “Todo-Poderoso”, El Shadday, mas como YHWH só se revelou a Moisés:
“Deus disse a Moisés: -Eu sou o Deus Eterno. Eu apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como o Deus Todo-Poderoso, porém não deixei que me conhecessem pelo meu nome de o Deus Eterno”. (Ex 6.2-3).

No tempo de Sete e Enos, era um dos nomes usados na adoração, mas só se tornou o nome por excelência no tempo de Moisés.

2. Estreita-se o Relacionamento com Deus

Em Enos, "O ETERNO começou a ser usado no culto de adoração a Deus”. O relacionamento, a partir de Moisés, foi mais intenso. “Conhecer” dá a ideia de um relacionamento profundo. Somente depois, com Moisés, é que Deus se relacionará nos termos do rico significado de seu nome com Israel.

Antes de aceitar a Cristo sabíamos quem ele era, mas só depois de aceitá-lo como nosso Senhor é que o relacionamento tornou-se mais profundo. Para nós, nomes podem significar pouca coisa, mas naquela cultura, nos termos em que se processa a revelação, significa muito.

3. Enos Recupera Abel

Enos é o novo Abel. Abel (hébel) significa “fumaça”. O sentido é de inconsistente, vazio, fraco. É o mesmo termo para “vaidade” em Eclesiastes 1.1. “Tudo é fumaça, tudo é inconsistente”, diz o sábio.

Enos (enosh) significa “homem”, com o sentido de frágil. O nome Abel mostra a fragilidade humana.

Depois de Enos vem a descrição da ação dos descendentes de Caim e violência de Lameque (Gn 4.23).
Os homens começam a se julgar fortes. Os descendentes de Caim e Lameque têm uma atividade humana febril, e sua violência aumenta.

Bem elucidativo! A arrogância humana é que leva a prescindir de Deus e à violência.

Infelizmente, quando deixadas para viverem por sua própria conta, as pessoas tendem a ficar piores.

Na família de Lameque, uma variedade de talentos e habilidades que Deus dá aos seres humanos. É nela que nascem os primeiros construtores de tendas, criadores de gado, músicos e mestres com o bronze e ferro (Gn 4.20-22).

Mas, na mesma família, o contínuo crescimento do pecado ao longo do tempo.

Definem-se dois grupos:
a. Os que demonstravam indiferença quanto ao pecado e ao mal;
b. Os que adoravam a Deus, os descendentes de Sete (Gn 4.26).

Sete assume o lugar de Abel como pai da linhagem que era fiel a Deus.
Enos recupera Abel.
Só quando o homem sente sua fragilidade, reconhece que é apenas fumaça que se desvanece, é que pode conhecer a Deus.

4. O Nome mais importante

Nós, os cristãos, também temos um NOME a adorar:
“Por isso Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é mais importante do que todos os outros nomes, para que, em homenagem ao nome de Jesus, todas as criaturas no céu, na terra e no mundo dos mortos, caiam de joelhos e declarem abertamente que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai” (Fp 2.9-11).


Conclusão

Deus aproxima-se e revela-se aos que o adoram.
Isso não é de hoje. Começou antes de Moisés, antes de Abraão, lá bem antes (há 4000 anos), com Sete, quando dele nasce Enos.
Para aqueles, Deus não se revelou completamente. Para Moisés foi conhecido pelo Seu Nome e com ele tratava face a face, como um amigo trata com outro amigo.
Mas foi para nós, os cristãos, que Deus excedeu de todas as formas: veio viver conosco, através de Jesus.
Jesus Cristo é O NOME (Ha Shem) dos cristãos.
É seu nome, nenhum outro. Nomes que não sejam o dele não podem ser entronizados na igreja.
Ele, Jesus, é O NOME para ser adorado.


A Deus toda a glória!


Carlos R. Silva


OBPC Joanópolis - SP
Quarta - 16/12/2015 - Pregações em Gênesis

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Marcado por Deus

E o Senhor colocou em Caim um sinal (Gn 4.15).

A maneira como Deus age sempre surpreende.
Nosso senso de juizo e de valores não concebe um Deus santo, para quem o pecado é abominação, mas, ao mesmo tempo, amoroso e bom.
Um pai que alerta, "o pecado está na porta, à sua espera. Ele quer dominá-lo, mas você precisa vencê-lo" (Gn4.7), mas que deixa ir.

Introdução
Já ouvimos especulações, como o de que a raça negra era maldita, pois Deus a amaldiçoara em Caim. Diziam que Deus pôs nele um sinal, que era a cor negra, e ele foi para a região da África. Por isso a África seria atrasada.
Muitos usaram esse ensinamento da "marca de Caim" como justificativa para o comércio africano de escravos e a discriminação contra as pessoas de pele preta/escura. Esta interpretação da marca de Caim é completamente antibíblica. 

A maldição sobre Caim em Gênesis capítulo 4 foi no próprio Caim. Nada é dito da maldição de Caim sendo passada aos seus descendentes.
É certo que a África enfrenta problemas econômicos. Que nada têm a ver com Caim. Nem ela é maldita por causa dele.

As raças descendem de Noé, e a povoação de toda a terra se dá após o dilúvio. Portanto, a linhagem de Caim foi encerrada pelo Dilúvio
“São essas as famílias dos filhos de Noé, nação por nação, de acordo com as várias linhas de descendentes. Depois do dilúvio todas as nações da terra descenderam de Noé”. (Gn10.32).

1. Que sinal foi este? 

A Bíblia não diz e o bom senso manda que calemos. Quando ela fala, nós falamos. Quando ela se cala, nós calamos.
A palavra hebraica usada (‘ôt) significa sinal, marca, prodígio, evento. O termo contempla categorias diferentes de uso. Aparece em Gênesis 1.14, quando o sol e a lua são sinais para marcar as estações do ano. Em Gênesis 9.13 e 17.11, onde o arco-íris e a circuncisão são “sinal” da aliança. É o termo para “sinal”, em Josué 4.6, para as pedras tiradas do Jordão. É usado para os sinais do Egito, figura de juízo.
Então o termo é muito amplo para se definir um sentido. Quando mais para receber uma caracterização tão radical, de estigmatizar uma raça.
Agora, o significado do sinal do Eterno em Caim, significa muito.

2. O Sinal aponta para a Proteção e Cuidado de Deus

O sinal não foi maldição, mas proteção. Quem encontrasse Caim não deveria matá-lo. E Deus também não o ameaçou com morte por causa de seu pecado.  Caim temeu que, sendo peregrino, fosse presa fácil para salteadores. 

Caim disse a Deus, o Senhor:
— Eu não vou poder aguentar esse castigo tão pesado. 
Hoje tu estás me expulsando desta terra. Terei de andar pelo mundo sempre fugindo e me escondendo da tua presença. E qualquer pessoa que me encontrar vai querer me matar. (Gn 4.13).

O que chama a atenção no episódio não é o castigo de Deus, mas seu cuidado para com um pecador. Deus já o punira: seria errante. Mas não competia a ninguém matá-lo, por qualquer motivo. 
Deus pode odiar o pecado e pode trazer juízo ao pecador, mas isso é atribuição sua.
Do que mais nos fala este sinal?

3. O Sinal aponta para a Santidade de Deus

Deus é santo. A santidade de Deus é o que o separa e distingue de todos os outros seres. A nós, criados à sua imagem e semelhança, este é um dos atributos dele, dos quais não compartilhamos.
A santidade de Deus encarna o mistério da Sua grandiosidade e nos faz olhar para Ele com assombro quando começamos a compreender um pouco da Sua majestade. 

Pensar e entender um pouco desta santidade deveria nos desmontar, como aconteceu com o profeta Isaías.

Em dois momentos a Bíblia apresenta a expressão "santo, santo, santo". Uma vez no Antigo Testamento (Is 6:3) e uma no Novo Testamento (Ap 4:8). Em ambos, a frase é falada ou cantada por criaturas celestiais e ambas as vezes ela ocorre na visão de um homem que foi transportado para o trono de Deus: o profeta Isaías e depois o apóstolo João.

Isaías testemunhou a santidade de Deus em Sua visão (Is 6). Apesar de Isaías ser um profeta de Deus e um homem justo, sua reação à visão da santidade de Deus  lhe trouxe profunda consciência dos seus próprios pecados e ele fica desesperado por sua vida (Is 6:5). 
É isto que sempre deveria causar o reconhecimento da presença de um Deus santo, majestoso, poderoso. Deveria nos desmontar.

Infelizmente, essa não é a realidade de boa parte dos adoradores!

Até mesmo os anjos, os serafins, na presença de Deus, aqueles que clamavam "Santo, Santo, Santo é o Senhor Todo-Poderoso", cobriram seus rostos com duas asas, cobriam os pés com outras duas e com duas voavam. 
Reverência, temor! Cobrir o rosto e os pés é desencadeado pela consciência da presença imediata de Deus. 

Foi bem assim que reagiu Moisés ao saber que estava na presença do Senhor, lá no monte Horebe, cobriu o rosto! (Êxodo 3:1-6). 

Os serafins tentavam esconder-se o máximo possível, em reconhecimento da sua indignidade na presença do Santo. 
Que lição!

A reverência mostrada a Deus pelos anjos deve nos lembrar de nossa própria presunção quando nos apressamos em Sua presença irreverentemente e impensadamente, como frequentemente fazemos porque não entendemos a Sua santidade. 

A visão de João do trono de Deus em Apocalipse 4 foi semelhante à de Isaías. Novamente, havia criaturas viventes ao redor do trono proclamando: "Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus Todo-Poderoso" (Ap 4:8), em reverência e temor ao Santo. 
João prossegue descrevendo estas criaturas dando glória, honra e reverência a Deus continuamente em torno do Seu trono. 

Curiosamente, a reação de João à visão de Deus em Seu trono é diferente da de Isaías. Não há registro de João caindo em terror e consciência do seu próprio estado pecaminoso.

Porque?

É aí que nós nos rendemos diante e reverenciamos a obra e pessoa bendita do Senhor Jesus Cristo. 
João já tinha encontrado o Cristo Ressurreto no começo da sua visão “Quando o vi, caí aos seus pés como morto. 
Então ele colocou sua mão direita sobre mim e disse: “Não tenha medo.” (Ap 1:17). 
É por isso também que hoje, pecadores, insubmissos, errantes como nós, podemos nos aproximar do trono da graça se tivermos a mão de Cristo sobre nós na forma da sua justiça, a qual foi trocada pelo nosso pecado na cruz (2 Co 5:21). 

Deus é santo e não tolera o pecado. O episódio de Caim nos fala da santidade de Deus.  As obras de Caim eram más. 

Caim não cria na moralidade do mundo nem no governo de Deus. 
Há uma referência a isso no Novo Testamento: “Não sejamos como Caim, que pertencia ao Maligno e matou o próprio irmão. E por que o matou? Porque o que Caim fazia era mau, e o que o seu irmão fazia era bom”. (1João 3.12).

O pecador não tem como permanecer na presença de Deus. A expulsão de Caim mostra isso.
Com Adão e Eva aconteceu da mesma maneira:
Por isso o Senhor Deus expulsou o homem do jardim do Éden e fez com que ele cultivasse a terra da qual havia sido formado.
Deus expulsou o homem e no lado leste do jardim pôs os querubins e uma espada de fogo que dava voltas em todas as direções. Deus fez isso para que ninguém chegasse perto da árvore da vida. (Gn 3.23-24).

4. O Sinal fala da Graça

O sinal de Caim nos fala da graça: Deus ama e cuida do pecador. Ele se preocupa com a integridade do pecador. Haverá juízo, mas este compete a Deus, e não aos homens. 
Por pior que seja o pecado, Deus estende sua graça ao pecador. 

O ladrão arrependido na cruz prova isso. Pouco antes de morrer caiu em si, num rasgo de fé. Jesus lhe deu a gloriosa promessa de que ambos estariam juntos no paraíso, no mesmo dia.

Boa lembrança para nós. Alguns segmentos da igreja parecem odiar o pecador. Aliás, alguns segmentos da igreja devoram-se: parecem odiar a própria igreja. 

Não devemos amar o mundo moral, a Escritura diz “Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai, não está nele.” (1Jo 2.15), mas devemos amar o mundo gente, o mundo pessoas. 
João refere-se à não ceder à cobiça da carne, à cobiça dos olhos e à ostentação de bens, produtos do mundo moralmente perdido. (1Jo 2.16).

Conclusão

Deus ama o mundo (Jo 3.16) e lhe deu um sinal, o maior de todos, para provar seu interesse por ele: a cruz de Jesus. 
A cruz é o grande sinal de que Deus se interessa pelos “Caims” de hoje, e deseja salvá-los. 
Deus não aceita seu comportamento, eles não podem viver na sua presença da forma como estão, mas ele se interessa pelos pecadores.
O sinal de Caim é proteção e não julgamento. 
É graça, não juízo. 
Assim é Deus. Gracioso com todos os pecadores. 
Assim deve ser a igreja: santa, mas manifestadora da graça de Deus ao pecador.


A Deus toda a Glória!

Carlos R. Silva
Dezembro 2015



Referências
Bíblia Sagrada Almeida Revista e Corrigida, CPAD 
Bíblia de Estudo NVI, Ed. Vida 
Bíblia de Estudo NTLH, SBB
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD
Pr. Isaltino G. C. Filho, Meditações em Gênesis
Got Questions?org - Qual foi a marca que Deus colocou em Caim?
Wikipédia, a enciclopédia livre - Caim


Mensagem Pregada em 09/11/2015 – OBPC Joanópolis

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Eu amo a Igreja


A igreja é fascinante.

Refletir sobre ela sempre me traz novos aspectos e me faz ver sua grandeza e beleza, e como somos abençoados em fazer parte dela. Que honra ser igreja de Jesus!

Igreja não é apenas um lugar aonde ir, muitas vezes porque não se tinha opção mais interessante.
Tão pouco, é lugar para se ir somente quando se esgotaram os recursos.

Igreja não é instituição, nem organização, nem lugar.
Igreja é gente, é organismo vivo, é corpo e Corpo de Cristo.

Já vi, e já fiz isso, cobrar da igreja o que eu mesmo não sou. É um paradoxo (ou hipocrisia?).
Se pertenço à igreja e falo mal dela, falo mal de mim mesmo!
Nunca vi um crente piedoso, engajado e equilibrado, combater a igreja.

Os críticos da igreja são críticos do corpo de Cristo.
Corremos o risco de uma visão de cristianismo muito pessoal, para a qual queremos adesão.
Não a recebendo, ocorre-nos pensar que todos estão errados.
Nesse afã, nos portamos como autoritários e não sabemos ser voto vencido.

Há o perigo de não aceitarmos ser conduzidos.
Podemos nos pegar cobrando de outros o que não temos nem damos: perfeição moral, amor e absoluta integridade espiritual.

A postura dos críticos da igreja é estranha: a igreja são os outros. Eles se autoexcluem ao combatê-la.
Para isto, ela já tem Satanás!
A Igreja precisa de amantes, não de apedrejadores.

A igreja é um grupo de pessoas que provou a graça de Deus em Jesus, creu nele, comprometeu-se com ele e o segue.
Não é perfeita. Deus não terminou sua obra em nós.
Temos falhas e somos imperfeitos. E precisamos uns dos outros. Para nos apoiarmos, para orar uns pelos outros.

Costumo meditar numa frase, que provoca um impacto, mas é expressão da verdade de cada um de nós: "Se você procura uma igreja perfeita, quando a encontrar, não entre nela para não estragá-la".

Mas se, apesar das dificuldades e oposição, reconhecemos que o Corpo de Cristo é feito por gente como eu e você, com suas limitações e imperfeições, com caráter que precisa ser talhado, então seu lugar é aqui.

Não existe cristianismo privado. O cristianismo exige compartilhamento e mutualidade:
“Consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hb 10.25-26).

A igreja é um grupo de pessoas com suas vidas interligadas em Cristo, procurando viver em solidariedade e apoio espiritual.

E sobre essa sede por transformação (nos outros)?
Martin Luther King Jr. disse que “Se você deseja mudar alguém, deve amá-lo”!
Quem quer mudar a igreja por ela não corresponder às suas expectativas (presumindo que todos os demais estão errados), deve lembrar-se disso.

Cristo, o Senhor da Igreja diz:
"Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam;" (Mt 7:12).
Ame a igreja. Cristo nos amou e nos mudou.

Faça assim: ame a sua igreja, ponha o ombro em baixo da carga e lute com ela.
Dessa forma, não há como não experimentar mudanças!


A Deus toda a glória!


Carlos R. Silva
Dezembro 2015



Inserções e adaptações de artigo:
Pr. Isaltino G. C. Filho, Igreja um Caso de Amor

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Quão Longe de Deus se Pode Ir?

Então levaram-lhe um endemoninhado que era cego e mudo, e Jesus o curou, de modo que ele pôde falar e ver.
Todo o povo ficou atônito e disse: "Não será este o Filho de Davi? "
Mas quando os fariseus ouviram isso, disseram: "É somente por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa demônios".
Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: "Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.
Se Satanás expulsa Satanás, está dividido contra si mesmo. Como, então, subsistirá seu reino?
E se eu expulso demônios por Belzebu, por quem os expulsam os filhos de vocês? Por isso, eles mesmos serão juízes sobre vocês.
Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus.
"Ou como alguém pode entrar na casa do homem forte e levar dali seus bens, sem antes amarrá-lo? Só então poderá roubar a casa dele.
"Aquele que não está comigo, está contra mim; e aquele que comigo não ajunta, espalha.
Por esse motivo eu lhes digo: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada.
Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem nesta era nem na era que há de vir.
(Mateus 12:22-32)


É possível resistir tanto à Deus, a ponto de não ter como vir à ele?
É possível resistir tanto à Deus, a ponto de não ter como voltar para ele?
É possível resistir tanto à Deus, a ponto de não ser aceito por ele?
Quão longe podemos ir em nossa obstinação, acreditando que temos o controle das nossas vidas, do nosso destino e negligenciar o convite do Senhor?

1. A mente obstinada estreita a visão

Até os magos, vindos de outras terras, entenderam, e seus estudos lhes permitiram concluir que o rei dos judeus havia nascido. (Mt 2.1,2). Só eles, não perceberam.

A fixação por um rei que restaurasse o trono de Israel, um novo Davi, e a falta de sensibilidade para com as Escrituras, não lhes permitia ver que o verdadeiro rei dos Judeus já estava entre eles.
Visão estreitada! Ela é um perigo em qualquer área da vida, principalmente na espiritual.

2. A visão estreitada produz absurdos

Os exorcistas normalmente invocavam um espírito mais poderoso para livrarem-se de um de menor poder. E a acusação dos oponentes de Jesus é a de que ele usava a magia apoiado em Satanás. (Mt 12.24).
Isso foi tão forte que, no século II, quase 200 anos depois, os rabinos ainda acusavam Jesus e os judeus cristãos de fazerem uso da feitiçaria.

Os mestres, ofendidos, estão agora na ofensiva. E, em seus corações, já planejavam mata-lo. (Mt 12.14).
Belzebu era um título aplicado no antigo judaísmo a Satanás.
A visão deles não era clara, estava comprometida pelo ódio. E a pessoa neste estado, faz e fala absurdos.

Quantas vezes se diz, ou se faz coisas absurdas, por que nosso senso de juízo, que não é lá grande coisa, segundo Isaías (Is 64.6), está comprometido pelo ódio, pela inveja, pelo egoísmo, pela malícia, pela ira e, enfim, por todas aquelas ervas daninhas chamadas, pelo apóstolo Paulo, de obras da carne (Gl 5.19).

É bom lembrar de que “que os que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus.” (Gl 5:21).

É chocante! Não herdarão porque ainda não nasceram de novo, não foram regenerados pelo Espírito Santo, não têm o coração transformado, não se converteram ao Evangelho.

Se esta trasnformação ainda não aconteceu, deveríamos parar aqui, e, humilhados, rosto em terra, clamar aos pés de Jesus, nos redermos a ele, deixar que ele se torne senhor das nossas vidas e experimentar o novo nascimento através do Espírito Santo!

3. Jesus invade a casa de Satanás

Jesus não nega que existiam outros exorcistas. Os fariseus também expulsavam demônios. E usavam métodos que pareciam mais com magia do que os métodos de Jesus.

No bom estilo dos tradicionais mestres judeus, que era a réplica rápida e engenhosa, Jesus passa a lhes afirmar que um reino, uma cidade ou uma família dividida contra si mesmo arruinará. Se todos não “falarem a mesma língua”, se os objetivos não forem comuns, se uns quiserem aparecer mais do que outros, a ruina é certa. (Mt 12.25).

E isso é uma verdade incontestável à nossa vida como indivíduos, famílias, igreja.

Como anda a coesão da nossa igreja? Temos todos falado a mesma língua? Temos defendido a causa nobre e santa do evangelho por onde andamos?

É claro que a igreja é do Senhor Jesus, mas ela é os seus membros!

Se Satanás estivesse divido como poderia seu reino permanecer? É uma incoerência! (Mt 12.26).

E o que dizer dos demais, muitos dos quais eram fariseus, que também expulsavam demônios? Por quem então estariam expulsando? Estariam todos no mesmo barco, eram filhos de Belzebu também! (Mt 12.27).

Será que um demônio batendo em retirada, expulso, chamando atenção para outro servo de Satanás, seria apenas uma retirada estratégica?

E o que dizer da multidão de pessoas que vinham sendo libertas todos os dias?
É evidente que isto era uma clara derrota de Satanás. Jesus invadiu a casa de Satanás!

O Reino de Deus havia estava implantado, o verdadeiro Rei estava entre eles. O Espirito do Senhor, o mesmo que operava através dos profetas, e que eles já não viam mais há 400 anos, estava novamente agindo. (Mt 12.28).

Ao citar Isaías:
“Eis o meu servo, a quem escolhi, o meu amado, em quem tenho prazer. Porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará justiça às nações.” (Mt 12:18 ).
Mateus está apontando e reivindicando que Jesus é o Messias.

A derrota de Satanás era um fato, não teria como saquear sua casa, ou seja, arrancar de lá as almas acorrentadas, o homem perdido, sem antes amarrar o dono da casa. É assim que se faz com o valente, não se entra no seu domínio sem amarrá-lo, sem dominá-lo. (Mt 12.29).

Jesus começou a derrotar o homem forte lá no deserto, quando foi tentado por ele. (Mt 4.1,11).

Em outra ocasião, numa sinagoga, ordenou ao demônio que saísse de um homem, “Cala-te, sai dele” (Mc 1.25) e num grito o demônio saiu.

Em Gadara, ele se deparou com uma legião de demônios, bastou sua presença para que os demônios entrassem em pânico. E como o temeram! Pois sabiam que a hora deles chegara. Nem precisou da ordem, bastou um “Ide” (Mt 8.32), para que se retirassem.

Após expulsar o demônio de um mudo, este voltou a falar e “a multidão se maravilhou, dizendo: nunca tal se viu isso em Israel” (Mt 9.33).

Jesus invadiu a casa de Satanás!

4. Não há como ficar em cima do muro

“Uma pessoa ou está de um lado ou está de outro”, diziam os mestres judeus. Jesus usa esta sabedoria e afirma mais, quem não ajuda atrapalha. (Mt 12.30).

A lealdade dividida é um perigo. Um homem não pode permanecer neutro em relação a Cristo. Ou está do lado dele, ou é contra ele.

Isso é sério, se não estiver fazendo nada, estou trabalhando contra!
Não cabe aqui o “não ajuda, e nem atrapalha”. Atrapalha sim!

Quem não é por ele, não testifica dele, não fala dele, não o recomenda a outros. Então atrapalha!
Atrapalha a obra do Espírito no coração do outro, pois será necessário um tempo maior para que a resistência seja quebrada.

5. Quão longe de Deus se pode chegar?

Blasfêmia pode ser geralmente definido como “irreverência desafiante”.
Blasfêmia é atribuída a pecados como amaldiçoar a Deus, ou, propositadamente, degradar coisas relativas a Deus. Também o é atribuir mal a Deus, ou negar atribuir a ele algum bem devido.

Este caso de blasfêmia, entretanto, é específico, chamado de “Blasfêmia contra o Espírito Santo”.

John Wesley e Adam Clarke também sustentam a opinião de que é “pecado imperdoável” atribuir a Satanás uma obra que é do Espírito Santo.

A blasfêmia contra o Espírito, que nunca será perdoada, é atribuir ao poder do diabo esses milagres que Cristo realizou pelo poder do Espírito Santo.

O Espírito Santo é o único que revela Cristo e o significado de sua obra por nós. Ele é a oferta, o sacrifício santo oferecido a Deus em nosso favor.

A blasfêmia contra o Espírito é uma rejeição escarnecedora do Espírito, como o único Revelador da obra realizada por Deus em nosso favor a santa propiciação.

Se diz que não há como haver blasfêmia do Espírito hoje.
Nisto, ainda dependo extremamente da misericórdia de Deus!
Minha oração, e oro por vocês também, é para que nos ajude a nos guardar, a ser perseverantes. Que nos ajude a não nos afastarmos dele, a não ir muito longe, nunca!
Descobri que isso, só Deus torna possível, que não é mérito nosso.

Quão longe se pode ir de Deus?
Há um estado de existência imperdoável: o estado de incredulidade. Não há perdão para alguém que morre em incredulidade.
A contínua rejeição às exortações para crer em Jesus Cristo pode se constitiur na blasfêmia imperdoável.

Alguns dirão que, neste caso, a pessoa não é um eleito e predestinado. Mas quem são?
Deus em seu eterno e soberano Conselho sabe.

Lembre-se do que foi dito em João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

A única condição na qual alguém não pode ter perdão é se esse alguém não estiver entre “todo aquele que nele crê”.

Conclusão

Quão longe de Deus se pode chegar?
É possível ir tão longe de Deus que não se pode retornar?

Paulo adverte sobre consciências insensíveis, ou cauterizadas (1 Tm 4:2).

Hebreus fala de corações endurecidos (Hb 3) e daqueles que não podem ser trazidos de volta ao arrependimento (Hb 6).

João fala daqueles cujos pecados levam à morte, uma vez que eles se recusam a se arrependerem e a confessá-los (1 Jo 5:16-17).

O próprio Jesus fala do coração que é como o solo que foi pisoteado e compactado ao ponto em que nenhuma semente pode germinar (Lc 8:5).

Cada passo que damos afastando-nos de Deus aproxima-nos do ponto sem retorno.

Podemos perder o poder moral para mudar e voltar ao Senhor.

O problema, naturalmente, não está na vontade de Deus de perdoar o pecador (Lc 15; 2 Pe 3:9). Deus alegremente aceita e perdoa a todos que se arrependem.

"O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se." (2 Pe 3:9).

O problema está em que alguns rejeitam todas as tentativas de Deus para que se arrependam.

Depois que Jesus deixou a terra, o Espírito Santo veio para revelar a mensagem final da salvação. Para aqueles que a recusam e se voltam contra o Espírito Santo, Deus não tem nenhum outro plano. Não há outro sacrifício pelo pecado (Hb 10:26-31).

Aqueles cujo estado endurecido faz com que recusem, muitas vezes escarnecendo, o convite final de Deus, nunca serão perdoados.

Esta é a blasfêmia contra o Espírito Santo. Com muito temor afirmo isto.

Queira Deus conceder-nos corações tenros para prontamente responder à sua palavra.

É aqui que vejo o papel do pregador, do evangelista e, na verdade de todo o cristão, nascido de novo:
"Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina." (2 Tm 4:2).

Feito isto, o trabalho será todo de Deus, pois o evangelho “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1:16).

O que fazer? "Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como na rebelião". (Hb 3:15).
"Arrependam-se" (At 2.38).

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A Palavra que Acontece

“E assim aconteceu” (Gênesis 1.7, 9, 11, 15, 24 e 30 NTLH)

Introdução

“E assim aconteceu”, diz, seis vezes, o capítulo inicial de Gênesis.
Aconteceu o que Deus disse. Isto é repetido por toda a Bíblia, indo além do relato da criação.
Sempre acontece o que Deus diz!

Este é um bom momento para que pensemos a quantas anda a nossa confiança na Palavra do Senhor.
Quando paro para refletir, muitas vezes, enxergo a mim mesmo e à igreja interessados nos “porquês”, no “quando” e no “como”.

Sinceramente, deveríamos nos perguntar: quem disse? Quem afirmou? Quem criou? Quem prometeu?

Constantemente nos vemos relativizando o nosso Deus, ou seja, comparando-o com pessoas, por exemplo, pecadores como nós! Imagine, um Deus Santo e poderoso comparado a homens, que na verdade são obra sua, criação sua!

E o que dizer das vezes que essa relativização nos leva a enxergar mais o problema do que o Deus a quem servimos? O Deus para quem nada é impossível?

Veja o que ele mesmo, o nosso Deus, diz através do profeta Jeremias:

Eu sou o Senhor, o Deus de toda a humanidade. Nada é impossível para mim. (Jr 32.27 NTLH).

Jó, após ser confrontado e ser instigado por Deus para que lhe respondesse algumas perguntas, diante do atrevimento dele, Jó, ao questionar a Deus, exclama:

Eu reconheço que para ti nada é impossível e que nenhum dos teus planos pode ser impedido. (Jó 42.2 NTLH).

A respeito dele, disse o anjo Gabriel, enquanto falava com Maria, escolhida para ser a mãe do Salvador:

Porque para Deus nada é impossível. (Lc 1.37 NTLH).

1. A Bíblia é prova de que o que Deus fala acontece

A Bíblia é seu texto-prova. Seu teor comprova que aquilo que o Senhor falou realmente aconteceu.
Josué, já velho, instruindo e exortando o seu povo, testifica acerca de tudo que lhes acontecera e das palavras do Senhor:

Vocês sabem, lá no fundo do coração e da alma, que nenhuma das boas promessas que o Senhor, o seu Deus, lhes fez deixou de cumprir-se. Todas se cumpriram; nenhuma delas falhou. (Josué 23:14 NVI).

Mais tarde, profeta Isaías dirá:

“A erva seca, e as flores caem quando o sopro do Deus Eterno passa por elas. De fato, o povo é como a erva. A erva seca, a flor cai, mas a palavra do nosso Deus dura para sempre” (Is 40.7-8 NTLH).

No Novo Testamento, mostrando sua autoridade e o peso de sua palavra, Jesus diz:

O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão". (Marcos 13:31 NVI).

Os Salmos apontam que a Palavra de Deus está firmada para sempre:
“Ó Deus Eterno, a tua palavra dura para sempre; ela é firme como o céu” (Sl 119.89 NTLH).

2. A Palavra não pode ser trocada pelo palavrório

Como isto nos exorta! A Palavra de Deus é digna de confiança. O que ele fala, isso acontece. Não é uma palavra comum, mas a Palavra Viva de um Deus Vivo.
Uma Palavra que faz as coisas acontecerem!

Como igreja, corremos o risco de desprezar a Palavra de Deus. Isso é perigoso!
Viver de celebrações, de pretensos sinais, de barulho, de culto aos líderes, e desprezar a Bíblia, que é o registro proposicional das palavras divinas. Ou seja, a Bíblia é um registro com uma proposta lógica, formal e fundamentada.

A ignorância bíblica é um perigo enorme.
Podemos, por exemplo, ser ofertantes generosos, assíduos ouvintes, adoradores que não perdem culto mas que não carregam, não portam a Bíblia. E pior, que muitas vezes não leem a Bíblia!

Corre-se o risco de ficar à mercê de tudo nos ser revelado pelo líder, pelo pastor. “Quando a gente precisa saber alguma coisa da Bíblia, o pastor diz para nós como é”, declarou determinada pessoa.

A nossa atitude deve ser como a dos crentes de Beréia, dos quais diz a Bíblia:
Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo. (Atos 17:11).

A Palavra não pode ser trocada pelo palavrório.

3. A igreja precisa estar firmada na Palavra de Deus

A igreja não pode esquecer da Palavra que acontece. Já as palavras dos homens, devem ser esquecidas, porque elas não acontecem.

Muitos místicos surgiram nos últimos séculos prometendo transportar as pessoas a um estado superior. Alguns até previram o fim do mundo. A maioria deles simplesmente surge, é festejada, atrai os crédulos, eventualmente fazendo pequenas fortunas e, então, cai no esquecimento.

O que restou dos ensinamentos dos gurus, dos videntes famosos e de tantos outros? Poucos sequer se lembram do que essas pessoas ensinaram.

No entanto, por mais de três mil e quinhentos anos, a Bíblia, muitas vezes, sem o auxílio de nenhuma intervenção humana, transformou a vida dos que a leram!

A Bíblia tem poder. Ela registra a Palavra acontecida. Ela fala da Palavra que vai acontecer.

A igreja não pode se perder na atitude pecaminosa de querer novidades e andar em busca de profetas humanos, conselhos humanos, desprezando a autoridade da Palavra de Deus.

A Bíblia ainda é combatida por teólogos liberais, que negam sua inspiração. É relegada por falsos intelectuais, que fascinados por homens incrédulos, interpretam-na à luz de pensadores perdidos, sem o conhecimento de Deus.

Pensadores cristãos não devem se encantar com a voz da serpente, sempre sagaz e hoje com pose intelectual. Serpente que os seduz e os afasta da palavra que Deus falou. Ela, ou ele mesmo, Satanás, já usou esse truque lá no Éden!

A Profa. Dra. Serpente e todo seu grupo de intelectuais passarão, mas a Palavra ficará.
Ai de quem a despreza e a troca por ensinos humanos!

A igreja precisa estar firmada na Palavra de Deus.

Conclusão

Nunca soube que alguém, no leito de enfermidade, na hora da morte, pedisse para lhe lerem Marx, Hegel ou Weber para seu consolo. Pensadores, filósofos e economistas.

Mas quantos, na hora de partir, pedem que lhes leiam o Livro, o Velho Livro da capa preta, a Bíblia, a Palavra que acontece!

Pregadores, evangelistas, servos do Deus vivo: preguem a Bíblia e não pensadores humanos!

Fique com a Bíblia. Dispense os que a negam, fuja dos pregadores que a minimizam e colocam outra fonte de inspiração ou autoridade em seu lugar.

Fique com a Bíblia. Ela é a Palavra que acontece.
Ela orienta, dá direção, fortalece nossa fé e nosso entendimento a respeito do Reino de Deus. Portanto, vai nos manter firmes, de modo que não iremos atrás de qualquer vento de doutrina, nem atrás de fábulas e falsas promessas.
Ela não deixa pisar em falso. Nossa peregrinação através da vida é feita sob a orientação dos ensinamentos divinos.

Precisaremos dela nos meandros dos vales por onde andaremos – e o dia mau vai chegar! Precisaremos dela nas cavernas onde muitas vezes nos encontraremos.
Ela será nossa lâmpada, a luz que nos apontará para onde seguir.

Por isso bem diz a Escritura:

Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho. (Sl 119.105).

Referências


  • Bíblia Sagrada Almeida Revista e Corrigida, CPAD
  • Bíblia de Estudo NVI, Ed. Vida
  • Bíblia de Estudo NTLH, SBB
  • Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD
  • Isaltino G. C. Filho, Meditações, E Assim Aconteceu


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Vida ao Invés da Morte, Pessoas Antes que Ovelhas

Saindo daquele lugar, dirigiu-se à sinagoga deles,
e estava ali um homem com uma das mãos atrofiada. Procurando um motivo para acusar Jesus, eles lhe perguntaram: "É permitido curar no sábado? "
Ele lhes respondeu: "Qual de vocês, se tiver uma ovelha e ela cair num buraco no sábado, não irá pegá-la e tirá-la de lá?
Quanto mais vale um homem do que uma ovelha! Portanto, é permitido fazer o bem no sábado".
Então ele disse ao homem: "Estenda a mão". Ele a estendeu, e ela foi restaurada, e ficou boa como a outra.
Então os fariseus saíram e começaram a conspirar sobre como poderiam matar Jesus.
(
Mateus 12:9-14)


Introdução

Quem abriu o Jornal Folha de São Paulo, no dia 19 de outubro de 1999, dentre outras, podia ler o seguinte na seção Cotidiano:

[VIDA DE CÃO
Aniversário tem bolo especial para cães
Socialite faz festa privê para cadela 
A socialite carioca, * * * *, **, passou o dia de ontem dividida entre promessas para Santa Clara -pedindo que a chuva pare - e telefonemas para acertar os últimos detalhes da festa que acontecerá hoje à tarde nos jardins de sua casa na Barra da Tijuca. Para a festa, foram expedidos apenas 20 convites.
Foi organizada para comemorar os 12 anos de uma das paixões de * * * *: Pepezinha, sua cadela da raça.
"Só convidei os filhos (cãezinhos) das amigas mais íntimas. As mães virão acompanhando seus filhos", explica.
Serão servidos bolo de ração sabor galinha e brigadeiros feitos com chocolate especial para cães. De bebida, o "refrigerante" Cool Dog - suco de carne vendido em latinhas descartáveis.
"Pepezinha merece. Ela sempre foi muito querida, desde que a vi, recém-nascida. Era a mais magrinha da ninhada, e ainda por cima órfã. A pobrezinha perdeu a mãe no parto", conta a "mãe adotiva".
Vera não fala nos custos da festa, mas se defende. "Não posso matar a fome de 60 milhões de brasileiros. Ajudo várias instituições de caridade e tenho o direito de comemorar o aniversário de alguém que me dá tantas alegrias", disse.]

Tem algo errado com a humanidade quando a vida humana não vale uma moeda para amenizar a agonia de meninos de rua num dos tantos faróis de trânsito das nossas capitais.

É claro que tem algo muito errado com a humanidade quando a vida humana é tirada por muito pouco. Mortes encomendadas, às vezes, até por filhos egoístas que se deixam levar pela ganância.

Tem algo muito errado sim quando o dinheiro destinado à merenda escolar é desviado e vai parar em contas bancárias de espertalhões. Estes, em nada diferem do que assalta a mão armada nas ruas.

O que está faltando? Por quê tudo isso?
A resposta a essas perguntas, ou tentar entender os porquês, pode levar muito tempo!

Hoje, vamos aprender com Jesus, o Senhor da vida, que:
“A bondade para com as pessoas é tão conforme a lei quanto a bondade para com os animais!” (Mt 12.11-14 A Mensagem).

1. Necessidades estão acima de regras

Saindo do campo, da lavoura, a ação agora se desloca para a sinagoga.
A sinagoga era importante para os judeus daqueles dias. Teve origem quando estavam no exílio, quando não tinham o templo. Era o local onde podiam estudar as Escrituras e adorar a Deus.
Jesus, assim como Paulo (At 13.15), aproveitou o costume que permitia que mestres visitantes e convidados participassem do culto de adoração.

É sábado. Entra na sinagoga um homem com uma mão aleijada. Além de tudo, e sua mão direita, relata Lucas (Lc 6.6).
É bem provável que tivesse que mendigar, já que para o trabalho, bem como para os cerimoniais não servia.

Ousaria Jesus opor-se a essa regra, considerada pelos fariseus como um princípio tão básico e tão bem estabelecido que não podia ser violado?

Os oponentes esperam secretamente que Jesus viesse a pisotear a regra de conduta que eles haviam estabelecido.
Naquele tempo quase todos aceitavam a regra de que, somente no caso de que a vida de um homem estivesse realmente em perigo, era permitido cura-lo, ou medicá-lo no sábado. Não parecia ser o caso aqui, talvez, essa cura pudesse esperar.
É claro que, se Jesus esperasse o outro dia, teria se submetido à autoridade dos fariseus e concordado com a interpretação da lei que faziam, como se fosse a correta.
Mas ele mesmo acabara de lhes dizer que ele era “maior do que o templo”  (Mt 12:6) e “Senhor do sábado” (Mt 12:8) e que Deus está mais interessado em misericórdia do que em sacrifícios (Mt 12:7).
Então, ele lhes mostra e reafirma que necessidades estão acima das regras. Pessoas estão antes das coisas. Pessoas estão, e são mais importantes do que os animais.

Cabe lembrar a ordem divina ao homem criado por Deus:
Deus os abençoou, e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra". (Gênesis 1:28).

É lícito sim, é apropriado sim, fazer bem aos sábados. E assim, aos domingos, segunda, terça, qualquer dia, sempre!

2. Podemos estar tão inebriados em cumprir a lei que nos esquecemos de ser humanos

É certo curar no sábado?” (Mt 12:10), lhe perguntam. Seu proposito é “formular uma acusação contra ele.

Estavam tão obstinados que não conseguiam compreender que a sua própria motivação perversa em seus corações já constitui uma profanação do sábado.

Essa intenção de armar uma cilada era um pecado tão condenável diante dos olhos do Todo-Poderoso, que constitui uma denúncia criminal muitíssimo mais grave contra eles.
Além disso, esquecem-se de que Jesus conhece os pensamentos deles. (Lc 6.8.)

O “Senhor do sábado” diz ao homem para ficar em pé diante de toda a assembleia (Mc 3.3; Lc 6.8), como se quisesse dizer a todos eles: “Olhem para ele; vejam a sua mão e ponderem sobre o que significa para ele sua condição. Será que ele não desperta a compaixão de vocês?''.

Em seguida Jesus responde a pergunta de seus críticos. Ele, vira a mesa contra eles, se puder usar essa expressão! Ele formula uma contra pergunta e força os fariseus a responderem a própria pergunta deles:
"Qual de vocês, se tiver uma ovelha e ela cair num buraco no sábado, não irá pegá-la e tirá-la de lá? (Mt 12:11).

Pelo visto, Jesus deixa-nos parecer que, pelo menos naquele tempo e região não se considerava errado resgatar uma ovelha que fosse vítima de um acidente destes, independente se ser sábado ou qualquer outro dia.

Ora, um ser humano não é de muito maior valor que uma ovelha? Se é permitido fazer o bem a um animal no dia de sábado, então é correto e oportuno demonstrar nesse dia benevolência a um homem, que é portador da imagem de Deus!

O homem não corre risco de vida, o socorro somente deve ser oferecido quando a vida está correndo perigo? Jesus nem sequer entra no mérito da questão, salvo que deixa por entender-se (por inferência). E tal inferência é muito clara: mostrar misericórdia é sempre certo. “Desejo misericórdia, não sacrifícios” (Mt 12:7).

A conduta ética é sempre muito mais importante do que a obediência cerimonial. O amor sempre vai exceder às regras. Se os fariseus houvessem tão-somente feito um estudo mais cuidadoso e imparcial de suas próprias Escrituras realmente teriam percebido isso.

Um homem é incomparavelmente mais valioso, aos olhos de Deus, do que uma ovelha. “Portanto é certo fazer o bem no sábado” (Mt 12:12), ou seja, ser uma benção a alguém, e não mostrar-se indiferente diante suas necessidades.

Ao conhecer isso, ficam mais lindas ainda as palavras do Senhor Jesus, que já conhecemos:
Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? (Mateus 6:26).
Portanto, não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais! (Mateus 10:31).

3. Jesus age de maneira surpreendente

Jesus sempre surpreende. Nas respostas, nas ações, nos ensinos.
Quem quer andar com ele tem que estar preparado para ser surpreendido!

Então ele disse ao homem: "Estenda a mão". Ele a estendeu, e ela foi restaurada, e ficou boa como a outra. (Mt 12:13).
A cura é instantânea e completa. A mão direita está agora tão sadia quanto a esquerda. A cura ocorreu em conexão com o ato de obediência do homem.
Além disso, no tocante ao milagre em si, deve-se dar a Jesus todo o crédito e toda a glória, e a ele somente. Ele não tocou o homem. Aliás, nem sequer pronunciou uma única silaba, ordenando que a mão fosse curada. Simplesmente disse ao homem que estendesse sua mão e ela foi restaurada.

De uma maneira misteriosa demais para qualquer mortal compreender, o Salvador concentrou-se na condição desse pobre homem, enchendo-se de compaixão, e diante de todos os presentes ele quis e efetuou a cura!

Sem show, sem espetáculo televisivo, sem fogos de artifício, sem alarido. O milagre é só consequência, Jesus conhece o coração, conhece os pensamentos. (Lc 6.8).

4. O que fazer com Jesus?

Esse maravilhoso ato de poder e misericórdia não convenceu os fariseus de seu erro, nem confessaram sua culpa.

Odiaram a Jesus ainda mais pelo que fez no sábado. Restaurar a saúde e felicidade de um homem, removendo sua invalidez, era um crime por causa do dia em foi realizado.

No entanto, tramar no mesmo dia a destruição do Médico dos médicos era considerado um mérito.
Então os fariseus saíram e começaram a conspirar sobre como poderiam matar Jesus. (Mateus 12:14)

Se pudessem o matariam ali mesmo.
Mas eles ficaram furiosos e começaram a discutir entre si o que poderiam fazer contra Jesus.
(Lucas 6:11).

Então os fariseus saíram e começaram a conspirar com os herodianos contra Jesus, sobre como poderiam matá-lo. (Marcos 3:6).
Eles agora consultam com, imaginem quem? Os profanos e mundanos herodianos, partido político que apoiava a dinastia herodiana!

A desgraça produz estranhas confrarias, estranhas alianças, especialmente quando está vinculada à inveja. Reunidos os dois grupos, agora tramam como aniquilar Jesus.

Ah se pelo menos tivessem se lembrado do Salmo 2:
Adorem ao Senhor com temor; exultem com tremor.
Beijem o filho, para que ele não se ire e vocês não sejam destruídos de repente, pois num instante acende-se a sua ira. Como são felizes todos os que nele se refugiam! (Salmos 2:11,12).

Conclusão

Talvez você tenha chegado aqui hoje oprimido, carregando fardos tão pesados que não vê saída para você.
A carreira te oprime, a família te oprime, o casamento te pressiona, a sociedade te cobra demais e até a religião de sufoca!

A solução para tudo isso, a solução é Jesus.

O Médico dos médicos está aqui. “Estende a tua mão”, ele diz. Tome uma atitude. Ele está aqui independente do dia e hora.

Ainda que você não saiba muita coisa sobre a Lei, os Profetas, o Apocalipse, mas o Evangelho, até uma criança entende:
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (Jo 3:16).

Não veio para retaliar, jogar em rosto as culpas, mas para salvar, livrar da condenação eterna:
Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. (Jo 3:17).

O que vamos fazer então com Jesus?
Podemos agir como os fariseus, os herodianos e outros grupos. Mas podemos agir diferente, e hoje você tem a rica oportunidade de mudar esta sua história!
Alguém poderá pensar que Deus está falando com o filho, a esposa ou o pai. Não! É com você que Deus está falando e, sinceramente, podemos estar convencidos, não convertidos!

É preciso atitude, “estenda a mão”, creia, aceite-o, arrependa-se. Arrepender-se quer dizer, mude de ideia sobre como você tem vivido até aqui e de como quer viver o seu futuro:
Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus. (Jo 3:18).

Referências

·         Bíblia Sagrada Almeida Revista e Corrigida, CPAD
·         Bíblia de Estudo NVI, Ed. Vida
·         Bíblia de Estudo NTLH, SBB
·         Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD

·         Comentário do Novo Testamento, Mateus Vol 2, William Hendriksen