terça-feira, 5 de junho de 2012

Deus me Perdoou. Mas por quê?

Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.
Isaías 43:25


Quantos acreditam que Deus nos perdoou porque nos ama?
Geralmente, todos nós cremos assim.
Mas, segundo o profeta Isaías, não é bem assim.
Ele nos perdoou porque se ama. Por amor dEle.
Deus promete que nunca mais se recordará dos meus pecados.
Por quê? Porque lhe fazem mal, lhe causam dano.
Ele apaga nossos pecados porque nem Ele mesmo poderia viver recordando-os.
Recordá-los arruinaria a relação entre ambos, eu e Ele.
Sabe por quê temos que perdoar uns aos outros? Porque eu quero e preciso viver bem.
É um martírio viver pensando no que fizemos no passado.
E o Senhor me diz: "apaguei teus pecados, não me recordo de mais nada. Mas, não é somente porque te amo, é porque me amo, por amor de mim," diz o Senhor.
No Novo Testamento Bíblico não encontramos os pecados de Abraão, de Jacó, de Moisés, de Sansão, de Davi, de Raabe e muitos outros. Ao contrário, os encontramos todos como heróis da fé em Hebreus 11.
Por quê?
Porque Deus não poderia jamais inspirar a escrever ou relatar algo do qual não se recorda mais.
Ele disse que se esqueceria dos pecados deles e se esqueceu.
Por isso, quando o Espírito Santo inspira os escritores do Novo Testamento ele os inspira a escrever sobre os atos de heroísmo, de fé e obediência destas personagens e não sobre os seus pecados.

Por quê então não iniciamos uma nova forma de andar juntos?
Por quê não recordar com os nossos amigos, com os que conosco caminham, os bons momentos de nossas vidas?
Por quê não recordar os momentos em que nos inspiraram, fortaleceram nossa amizade ou que nos ajudaram a permanecer em pé?
Por quê temos que recordar sempre o ruim? Se nem Deus faz isso?

George Herbert escreveu:
Aquele que não pode perdoar destrói a ponte sobre a qual ele mesmo deve passar.

Ainda é possível e eu o convido à uma mudança de vida, de atitudes. O convido a experimentar a felicidade de elogiar, de expressar gratidão.
Vamos ser mais simples e, consequentemente, melhores companhias, melhores ouvintes, melhores amigos.


A Deus toda a glória,

Carlos R. Silva
Outono 2012

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