domingo, 13 de outubro de 2013

Procurando respostas

Todos têm um sentimento inato de justiça. Ao presenciar um ato de crueldade cometido por outra pessoa, sobe-nos o sangue e a sensação de que ela não pode sair impune. Podemos discordar acerca de regras específicas de justiça, mas todos seguimos algum código interior. É a fome e sede de justiça, como diz Jesus aos que são dele.

E, sinceramente, muitas vezes a vida parece injusta. Qual criança “merece” crescer em favelas ou outros lugares pobres em qualquer parte do mundo? Por que gente como Hitler e Saddam Hussein deveria sair impune depois de tiranizar milhões de pessoas? Por que algumas pessoas bondosas e gentis morrem na flor da idade, enquanto outras, mais mesquinhas, vivem até se tornarem velhos rabugentos?

Todos nós pedimos respostas diferentes a essas perguntas.

O profeta Habacuque apresentou-as a Deus – e recebeu uma resposta clara. Habacuque não mede palavras. Ele exige uma explicação sobre o motivo de Deus não reagir à injustiça, à violência e ao mal que o profeta vê ao seu redor.

Deus responde: Logo os babilônios punirão Judá. Mas essas palavras não o tranquilizam, pois os babilônios são um povo cruel e selvagem. Pode isso ser justiça – usar uma nação ainda pior para punir Judá?

O livro de Habacuque não resolve e não tem todas as respostas para o problema do mal. Mas as conversas desse profeta com Deus o convencem de uma coisa: Deus não perdeu o controle.

Um Deus de justiça não pode permitir a vitória do mal. Primeiro, Deus cuidará dos babilônios nos próprios termos deles, em retribuição à semeadura deles. Depois, mais tarde, Deus intervirá com grande força, abalando as próprias fundações da terra até não sobrar nenhum sinal de injustiça.

A terra se encherá do conhecimento e da glória do Senhor, como as águas enchem o mar”, promete Deus a Habacuque (2:14).

Um vislumbre dessa glória muda a atitude do profeta, que passa de afronta a alegria.
No decorrer do seu “debate” com Deus, Habacuque aprende novas lições sobre a fé, que são expressas de forma brilhante no último capítulo.

As respostas de Deus satisfazem tanto Habacuque que seu livro, que começa com uma queixa, termina com uma das mais belas canções da Bíblia.

Mesmo não florescendo a figueira
e não havendo uvas nas videiras,
mesmo falhando a safra de azeitonas
e não havendo produção de alimento
nas lavouras,
nem ovelhas no curral,
nem bois nos estábulos,
ainda assim eu exultarei no Senhor
e me alegrarei
no Deus da minha salvação.
Habacuque 3:17-18



A Deus toda a glória!

Carlos R. Silva
primavera  2013


Referências:
·         Bíblia Sagrada
Mateus 5:6
Habacuque  1-3
·         A Bíblia, minha companheira  – Philip Yancey

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